Tecnologia

Será que você conhece as tecnologias mais recentes que chegavam ao mercado naquele ano?

Carros autônomos, robôs inteligentes, apps e dispositivos capazes de otimizar cada vez mais o nosso dia a dia. A cada ano nos deparamos com inúmeras novidades no setor da tecnologia que prometem deixar a nossa vida mais prática, dinâmica e digital. Mas você já imaginou como era viver em um mundo onde a internet ainda não era totalmente acessível, os games começavam a dar os primeiros passos sem precisar estar presos a fios e os celulares eram extremamente desajeitados e pesados?

Apesar de soar como uma realidade muito distante, essa é uma breve descrição das tecnologias consideradas novas há trinta anos! Para levar você em uma viagem através do tempo, nós contamos um pouquinho sobre cada algumas das inovações que chegavam ao mercado no ano de 1989. Confira!

A World Wide Web foi criada

A internet nasceu na década de 1960 sob o nome de Arpanet, abreviação de Advanced Research Projects Agency, ou Agência de Projetos de Pesquisa Avançados, em português. Em um primeiro momento, a ferramenta foi desenvolvida devido à crescente preocupação dos órgãos governamentais em criar um ambiente seguro para compartilhar e armazenar as informações diante das ameaças da Guerra Fria.

No entanto, assim que os ânimos “esfriaram”, o governo norte-americano permitiu que um grupo de cientistas estudasse a rede de computadores interconectada. Aos poucos, o projeto se expandiu e alcançou proporções maiores, sendo dividido entre a Milnet, estrutura digital voltada ao armazenamento de dados do governo, e a Arpanet, um espaço onde profissionais e pesquisadores de universidades de todo o mundo poderiam compartilhar conhecimentos.

Inicialmente, a rede digital era utilizada por um grupo pequeno de pessoas, que só poderiam acessar as suas funcionalidades nos computadores das instituições de ensino. Além disso, os materiais eram mandados de um computador para o outro usando códigos de IP e com velocidade inferior a 3 megabytes.

Mas em 1989, as coisas mudaram um pouquinho. O cientista do Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares, Tim Berbers-Lee, criou a World Wide Web, uma nova maneira de acessar a internet com maior facilidade. Assim, as universidades de todo o mundo encontraram um canal ainda mais prático para compartilhar seus estudos e descobertas com outros profissionais. Berbers-Lee desenvolveu também o HTML e o protocolo HTTP.

Desde então, a internet veio se aperfeiçoando e se transformou em um dos principais meios de comunicação no mundo, alcançando também os usuários comuns. Segundo um estudo divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas, 51,2% da população mundial está conectada à World Wide Web – um total de 3,9 milhões de pessoas.

O domínio .br nasceu

Em 1989, a Universidade Federal do Rio de Janeiro se conectou à Bitnet e se tornou a terceira instituição a ter acesso a essa tecnologia em todo o país. Um ano antes, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e também o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) foram as primeiras instituições do país a se vincular a essa rede, capaz de transferir arquivos em formato de texto pelos primeiros correios eletrônicos disponíveis.

Ainda, há 30 anos, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Governo Federal apoiavam a criação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), a primeira com infraestrutura de conexão digital com alcance nacional, possibilitando a troca de informações entre mais de 600 instituições do Brasil e o acesso de cerca de 65 mil usuários.

Em abril do mesmo ano, também foi criado o domínio ccTLD do Brasil, ou Country Code Top-Level Domain, o domínio de topo na Internet vinculado ao território brasileiro. Assim, nasceu o .br para sites e contas vinculadas ao país. Apesar de uma parte significativa da população ainda não ter o acesso à World Wide Web, já era um começo significativo.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE em 2018 e correspondente aos dados do ano de 2016, 116 milhões de brasileiros estão conectados à internet, número que equivale a mais de 64% da população total do país.

O primeiro Game Boy chegou às lojas

Em 1989, a empresa Nintendo revolucionou o mundo dos games ao lançar o Game Boy, seu segundo videogame portátil que chegou ao mercado. Diferente da linha Game & Watch, lançada pela marca alguns anos antes, o pequeno console permitia que o jogador rodasse diferentes games ao trocar os cartuchos. Na época, o projeto competiu diretamente com concorrentes como o Game Gear, da Sega, e o Atari Lynx, da Atari – ambos foram logo descontinuados devido a questões ligadas à economia de bateria.

Dessa forma, o Game Boy chegou às lojas do Japão em abril daquele ano e seu formato pocket e portátil logo caiu no gosto de todos! Inicialmente, o pequeno console era disponível apenas na cor cinza e o seu display de cristal líquido era monocromático com fundo verde, permitindo apenas a reprodução de gráficos 8-bits em preto e branco. Com quatro pilhas formato AA, o produto aguentava até 15 horas de jogos sem parar. Ainda, o Game Boy permitia mais de um player no mesmo jogo com o uso do Cabo Game Link.

Produzido no período de 1989 a 1995, o console chegou ao Brasil no ano de 1990. Na década, a Nintendo ainda continuou desenvolvendo os seus produtos e lançou outros consoles portáteis, como Game Boy Pocket, Game Boy Light e Game Boy Color. No total, os quatro modelos da marca somaram mais de 118,69 milhões de unidades vendidas.

A família Game Boy ainda é formada pelos consoles Game Boy Advance, Game Boy Advance SP e Game Boy Micro, lançado em 2005. No mesmo ano, a linha deixou o mercado e a Nintendo começou a investir no Nintendo DS, console também portátil, com duas telas LCD – uma delas com tecnologia touch -, microfone e ainda compatível com todos os cartuchos de jogos anteriormente usados no Game Boy Advance.

A empresa seguiu investindo e hoje ainda ocupa o topo da lista de consoles portáteis mais vendidos no mundo. Atualmente, o seu principal produto é o Nintendo Switch, um tipo de console portátil híbrido.

O equipamento permite que o player jogue em qualquer lugar com controles acoplados ou, caso queira, transforma-o em um console de mesa, com controles por fios. O Nintendo Switch suporta resoluções em full HD e tem uma bateria recarregável com ótimo consumo de energia.

O primeiro flip phone é comercializado

É claro que nós não poderíamos fechar o panorama de tecnologias que chegavam ao mercado 30 anos atrás sem lembrar que na ocasião também foi lançado o primeiro celular com flip da história! O Motorola MicroTAC foi fabricado em sua versão analógica naquele ano e introduziu o flip no design dos aparelhos móveis. Na ocasião, o bocal do celular foi “desmembrado” do seu corpo, assim como o toque, e o dispositivo ganhou uma “aba” que se abria e se fechava sobre ele.

Os celulares ainda eram muito recentes no mercado; afinal, o primeiro deles foi produzido pela Motorola e comercializado no ano de 1983. Onze centímetros menor que o modelo Motorola DynaTAC, o modelo MicroTAC foi desenvolvido com a proposta de ser um dispositivo especialmente pequeno, perfeito para ser carregado no bolso. Com estrutura plástica, o aparelho contava apenas com uma fina tela de LED vermelho, na qual era possível escrever uma única linha de texto, e um teclado padrão com doze botões. Um menu numericamente organizado possibilitava que o usuário tivesse acesso a algumas funções interessantes, como blocos de anotação ou calculadora monetária, por exemplo.

Atualmente, a Motorola não é mais a líder na comercialização de celulares e smartphones, mas de uma maneira geral, as tecnologias do segmento expandiram de maneira notável, e hoje contribuem para um dia a dia mais prático e otimizado. Os dispositivos contam com telas touchscreen, câmeras com ótima resolução, acesso a conexão 3G e 4G, grandes espaços para memória e inúmeros apps disponíveis para serem escolhidos.

E aí, o que você achou das tecnologias de 30 anos atrás? O cenário digital segue crescendo e se desenvolvendo mais a cada dia; por isso, nós podemos esperar ainda mais do futuro!

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Fonte: https://www.people.com.br/noticias/tecnologia/1989-x-2019-como-era-o-mundo-30-anos-atras?utm_source=Facebook&utm_medium=FaceOrganico&mID=15

1989 x 2019: Como era o mundo 30 anos atrás?
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